segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A DRÁSTICA MORTE DOS SETE GATINHOS - Crônica com analogia social e ecológica - Controle natalidade - Superpopulação Humanos - Literatura - Fim - Mundo - Auto extinção

A DRÁSTICA MORTE DOS SETE GATINHOS....
E A SUPERPOPULAÇÃO DOS HUMANOS



Chocante, acabrunhador, terrível !!....
Como compreender que um gato pode, sorrateiro, matar sete indefesos gatinhos, talvez seus próprios filhos ?.... e deixá-los em seu ninho ?

Há uma hora atrás escrevia no artigo “O meu prazer agora” : “A não ser que elas cavem suas próprias sepulturas”. “Elas”, as pessoas, quando me referia que não seria possível as pessoas acharem que “o mundo vai acabar em algumas décadas” e por isso estariam a esbanjar indevidos recursos materiais.

“A não ser que elas cavem suas próprias sepulturas” foi fatídico para a prolífica gata e seus filhotinhos.

Eles ainda estavam quentes, porém inertes sobre seu macio ninho quando eu e a “Mocinha”---a prolífica e jovem gata---chegamos, coincidentemente juntos. Eu costumava colocar a sua ração perto da ninhada. Eram sete....Pescoços rasgados, cabeças amassadas, o sangue vívido e quente ainda escorrendo, brilhante, por entre seus corpinhos mutilados. Que cena indescritível !! Como fotografá-la através de palavras ?.... Minha primeira reação, após o espanto inicial, foi transportá-los para uma superfície onde pudesse realmente fotografá-los. E, pasmo, descontrolado, disparei flashes sobre suas infelizes sinas.

A gata não sabia chorar, não sabia gritar. Sabia lamber. Lamber seus pupilos....Porém lamber era pouco, já que não mais os acariciaria e não os amamentaria com as oito nutrizes tetinhas de seu corpo físico. Eles iriam estar com ela, preservados, aguardando encontrarem-se no céu dos bichos. Minha maldade, ou minha bondade, deixou que ela comesse um deles. Ela encheu o seu estômago mas, ávida, queria mais. Queria guardar consigo os seus sete filhinhos. Queria ressuscitar seus espíritos, incrustando-os no corpo e no espírito dela....

Está agora a meu lado, enquanto escrevo, cheirando aqui e acolá para ver se encontra os outros filhotes. Eu a logrei. Depus os seis restantes em uma sacolinha e intuitivamente salguei-os, dependurando-os no galho de uma baraúna. Eu não queria que a evolução natural ensinasse gatos comerem gatos. Mas o “gato macho”, o matador, deixou os macios e delicados corpinhos, todos lá, no ninho ensangüentado. Não comeu nenhum deles. Como a mãe, não teria ele este direito ? Qual seria a sua função ?....Qual o motivo, para nós humanos, desta barbárie ? Controle natural da população de gatos ? Eliminação de possíveis concorrentes futuros ? Como um humano---forjado em leis, conceitos e regras tendencialmente rígidas no tempo--- deve entender esta lei e outras similares entre os animais ?....Como entendermos, nós, os seres humanos, que culturalmente estamos desenvolvendo características como a compaixão, a bondade, a solidariedade....? Racionalmente, sim, podemos compreender. Porém, nossa formação cultural é tardia para aceitar.

Que estranha e fatídica ressonância é esta, entre os animais e os seres humanos, que leve estes últimos---possivelmente de uma maneira inconsciente---a prepararem sua própria, sutil e capciosa eliminação, ou corte de excedentes, quando, sabedores de sua superpopulação, escolhem caminhos que poderão conduzi-los a graves crises ambientais e sociais ? O artigo anterior “O meu prazer agora” aludia a esta desoladora possibilidade. E se esta tendência---o inconsciente controle da natalidade---revelar-se verdadeira entre os humanos ?....Temos o poder da percepção e da razão. Podemos “remar contra a correnteza !!”

Luiz Antonio V. Spinola, 14 - março – 2008
Primeira publicação : o7 / agosto / 2008 - No grupo Ambiente Social
Segunda : em 11/10/2010 no blog Ambiente Social



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